Ao Marques De Pombal I

Apresentando-lhe em 1769 o poema Uraguai

Ergue de jaspe um globo alvo e rotundo,
E em cima a estátua de um herói perfeito;
Mas não lhe lavres nome em campo estreito,
Que o seu nome enche a terra, e o mar profundo.

Mostra no jaspe, artífice facundo,
Em muda história tanto ilustre feito,
Paz, justiça, abundância e firme peito,
Isto nos basta a nós, e ao nosso mundo.

Mas porque pode em século futuro,
Peregrino, que o mar de nós afasta,
Duvidar quem anima o jaspe duro;

Mostra-lhe mais Lisboa rica e vasta,
E o comércio, e em lugar remoto e escuro,
Chorando a hipocrisia. Isto lhe basta.


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